A isto se chama destino: estar em face do mundo, eternamente em face (Rilke)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

DOIS NOVOS LIVROS A CAMINHO


 Apesar dos percalços, enfim boas notícias nesse final ano de 2020. Fui premiado no Concurso Outras Palavras e serei contemplado com a publicação do meu mais recente livro de poesias "A noite sem tempo".

Segue o texto de apresentação: "A obra conta com 41 poesias, abordando temáticas diversas, como o amor, a crítica social, o sentido da existência e a relação do homem com a natureza. A exemplo do seu último livro de poesias, em "A noite sem tempo", Nicolato revela mais uma vez a sua visão poética como processo de artesania na composição da linguagem, da palavra carregada com o maior grau possível de significados, como ensina Ezra Pound. Valoriza com frequência os prazeres da melopeia, ritmos e sonoridades nos versos, nos poemas curtos e longos, dialogando com o passado e a contemporaneidade e com os grandes nomes da poética nacional e internacional, por meio da intertextualidade e com a cultura no seu sentido mais amplo(...). Parabenizo a todos os colegas premiados!
Outra boa notícia: Em 2021 também estarei publicando em e-book, com apoio da Lei Aldir Blanc, o meu pequeno romance "Pacto", que se passa entre os anos de 1976 e 1979, durante a ditadura militar no Brasil.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Kotter Editorial publica livro de poesias de Roberto Nicolato

O leitor e a leitora têm em mãos um livro de um poeta que é, antes de mais nada, um artífice da palavra. Os poemas de Pequeno tratado do amor e da natureza apresentam de fato várias facetas de Roberto Nicolato sob o escopo da artesania poética, ou seja, sua poesia é práxis vital.  Nicolato transita entre versos livres, sonetos (alexandrinos, heroicos, sáficos) e demonstra um domínio de estilo que o leitor e leitora perceberão desde a primeira seção do livro: Do amor. Na segunda seção, Da natureza, alguns poemas nos remetem um Manoel de Barros e toda aquela atmosfera telúrica. Na terceira e última seção, Do homem, é a mais sinestésica, na qual nos deparamos com versos como “rastejando o corpo desnudo nas ervas. Levanto o meu grito, atingindo-o” Os poemas que ora compõem este volume do vate Nicolato são cristalinos no melhor sentido da palavra, pois fogem de quaisquer armadilhas herméticas. O autor valoriza com frequência os prazeres da melopeia com toda a cadência e musicalidade das quais é feita a poesia.  
Leitores e leitoras, sem mais delongas, contemplem a poesia pensada deste poeta visceral. 
Evoé! 
Daniel Osiecki, poeta
Outono 2020

sexta-feira, 20 de março de 2020

Poema Desejos é finalista do Prêmio Flip Off

A produção poética de Curitiba anda de vento em popa. Pelo menos, quatro poetas da cidade foram escolhidos como finalistas do Prêmio Flip Off, na categoria poesia. Yuri Amaury Pires Molinari arrebatou o segundo lugar, com  Os homens da minha família.   Os outros finalistas foram: João Victor Arcega Simino (I [am]azonia), Layla Gabriel de Oliveira (Como num truque de mágica) e Roberto Nicolato (Desejos). Além da premiação aos primeiros colocados, os demais finalistas também terão seus poemas reunidos numa coletânea a ser lançada na próxima Flip (Festa Literária de Parati), marcada para o final julho.

DESEJOS

Roberto Nicolato

O que arde em brasa, desaquece
Esquece, na fervura que as horas exalam.
Sê tudo, pois que tudo passa:
O abraço fortuito, o gesto inesperado,
O desejo incontido numa noite enganosa.
Não se prende o instante
A não ser no sopro fatal da ternura,
Numa oração ao vento
Do corpo móvel na brancura dos dias.
É que não existe estrada aos que se ajustam
Às metas, ao objetivo final da sorte.
É só um gozo alucinado para quem desperta.
Uma nuvem trovejante a quem se dobra.
Trejeitos! Sombra viva!
É o que és caminhante.
A lua te tem como única companhia,
Será cúmplice e não te roubará a sorte.
O sol aquece os teus pulmões.
Irrespiráveis, dilata seus olhos a sombra lancinante.
Redemoinhos lhe alcançam o corpo na orgia.
Esquece, pois que nada restará.
A não ser o suor de suas têmporas,
A vontade desacreditada dos girassóis.
Viva o tempo das andorinhas,
O cursar dos antílopes em retirada,
A fome dos lobos que sobrevivem no Saara.
O pouco que lhe é concedido...
Absorva como água na chuva.
Sobeja, delira, enlouqueça!
Há espaço no tempo que se move aflito.
Repare como as nuvens estão arredias!
Como esse coração pulsa sem que lhe dê cordas, desejos...
A vida do inseto invalida a permanência, de tão curta?
Vale para quem a executa.
Não tenha medo da dúvida,
Dos temporais, das formigas,
Do amor que a tudo devora
Pois que o instante não se fixa,
E Deus não escreve sua história na lama funda.
Com tintas escuras apenas lhe deu corpo e alma
E desejo para que cumpra a sua absurda aventura.



quarta-feira, 4 de março de 2020

A CAPA JÁ ESTÁ PRONTA

Em breve, lançamento do novo livro de Roberto Nicolato "Pequeno tratado do amor e da natureza" (poesias), pela editora Kotter Editorial.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020