A isto se chama destino: estar em face do mundo, eternamente em face (Rilke)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

DO OUTRO LADO DA RUA - ROMANCE - LANÇAMENTO

 



LIVRO PODE SER ADQUIRIDO PELO SITE: www.kotter.com.br

Conversa sobre "Do outro lado da rua"

Vídeo sobre o lançamento do meu livro "Do outro lado da rua" (Kotter Editorial), no auditório da Uninter, Campos Tiradentes, Centro, Curitiba. O material foi produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo, Jorge Seidel  e Karina Becker, para a série COMUNICA, que são reportagens postadas a cada semana no Portal da Comunicação.




domingo, 29 de novembro de 2015

E agora Josélia?


O professor e escritor, Roberto Nicolato, deu entrevista, na última quarta-feira (25/11) ao programa "E agora Josélia", apresentado pela estudante de Jornalismo da Uninter, Denise Becker, sobre o seu segundo romance intitulado "Do outro lado da rua". A conversa, que durou cerca de 30 minutos, aconteceu no estúdio de rádio da Uninter, no Campus Tiradentes. O escritor fez uma explanação sobre o enredo do livro, de como foi estruturada a narrativa e sobre os dois momentos da capital paranaense apresentados na obra. Sem esquecer de suas fontes de inspiração e dos projetos para o futuro.

sábado, 28 de novembro de 2015

Roberto Nicolato lança "Do outro lado da rua", na Uninter

O escritor Roberto Nicolato lançou, na quarta-feira (25/11),  o seu segundo romance "Do outro lado da rua" (Kotter Editorial), no auditório da Uninter, Campus Tiradentes, no centro de Curitiba. O autor, que também é jornalista e professor do curso de Jornalismo da Uninter,  iniciou a conversa com uma comparação entre o seu primeiro livro ("A caminhada ou O homem sem passado") e o novo romance; depois versou sobre o enredo e estruturação das narrativas e sobre a temática da obra, inspirada no conto do escritor curitibano,  Dalton Trevisan, "Uma vela para Dario". A  conversa com amigos, docentes e alunos foi mediada pelo também professor da Uninter, Eugênio Vinci, que  é tradutor de obras clássicas da literatura universal e estudioso de Machado Assis.


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Doce ilusão


 










Não se iluda

Não há vida

Sem morte

Felicidade

Sem remorso.
 

O que assopra

Fere. O que se

Alisa.
 

Não há sermão

Sem palavras.

Verdade

Sem dor.

 
O que alivia

Vacila.

O que alimenta

Mata.


É tudo uma questão

De cor, odor

Ou pirraça!
    
    Roberto Nicolato

sábado, 26 de setembro de 2015

SOLIDÃO















 
A noite dorme
O sono das
Andorinhas.
 
Rimbaud
Dança o
Sabá na
Abissínia.
 
Murilo
Instaura
Um piano
No caos
 
Ouço na
Primavera
O canto
Do sabiá.
 
Estrangeiro
Nessa terra.
Nem Pessoa
vem me
visitar.
 
Corruíra
Morreu de
Inanição.
O leão,
De frio,
No Passeio
Público.
 
Os Invernos
Invadem os
Dias, noites,
O sol dos amores
Degela
Os corações.
 
De pedra
A estátua eterniza.
Na praça
o  homem está nu.
Rins pulsantes...
 
Na cara
Do Nosferatu
Venta a noite
Densa e fria.
 
Da janela
Abstraio
Absinto
Toda forma
de existir.
 
Quisera-me
Agora
 reunir
Os sinos.
Tocar a sorte,
 Um raio
De esperança
E, assim,
adiando
 planos
de morte.
Algum desejo...
 
É quando
Me entupo
De solidão.
Poema e foto: Roberto Nicolato

domingo, 13 de setembro de 2015

O RETRATO DE UMA NAÇÃO

Publico na recente edição da Revista Uninter de Comunicação (número 4) um artigo científico sobre a obra "Ô Copacabana!",  do escritor e jornalista João Antônio, intitulado "O retrato de uma nação..." Acesse pelo link: http://uninter.com/revistacomunicacao/index.php/revistacomunicacao

A ESCOLHA


Se esta bola que atravessa a rede pudesse parar se os olhares pudessem recuperar a atenção desviada a caminhada retroceder os passos talvez se pudesse enxergar que nada seguirá o próprio destino se o artilheiro amasse de verdade a bola sobre os pés se a criança tropeçasse no brinquedo que cativa o animal não farejasse mistérios talvez se pudesse amar mais e odiar menos a escolha incerta se o beijo fosse dado em paixões cinematográficas se a sala estivesse pronta para o tocar das valsas as sandálias amarradas para a conferência nas praças o tempo seria o das aves mágicas, libertárias, mas se a escolha é a palavra, a arte a invenção falsa, arbitrária, o que será do poeta nessa noite tempestuosa e calma?

 

Roberto Nicolato

domingo, 2 de agosto de 2015

Novo romance de Roberto Nicolato

Em fase final o meu segundo romance, "Do outro lado da rua", a ser lançado em breve pela Kotter Editorial, sob o comandado do editor  Sálvio Nienkotter. A capa do livro já está pronta e ficou bem sugestiva, como podem ver abaixo.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

ALUMBRAMENTO




Revelo esta paisagem,
a cachoeira de topázios imperiais,
onde se instala coração animal
que visita. Dono de trilhas.
A lua que mostro é uma rede
fiada de finos fios,
como um véu de noiva.
Revelo palmeiras, buritis.
Aqui, o Deus da Mata…
Ali, uma pequena cascata de
diamantes. Amantes, eu revelo
este sol (guia dos passos),
esta formação de carbonato.
Esta água, em que
desenhas - pedras primitivas.
O velho rio que renova.
E agiganta no teu corpo, ao banhar.
Eu revelo a cor marrom, amarela,
pedras que não medram.
Esse reino antigo.
O ouro que habita,
este chão de vespas.
Estes pássaros são seus
E estas nuvens arredias.
Eu revelo a natureza,
revolta deste rio…
para mergulharem, amantes,
teus corpos aderirem ao sal,
                 empedrarem.


Poema e foto: Roberto Nicolato







RASTROS


Meus olhos choram. No azul da serra,
o mundo  curva-se, vai embora...
Amordaçado vivo essa insânia,
Rastejando o corpo desnudo nas ervas.
Levanto o meu grito, atingindo-o.
Fizeram-me da terra estrumada,
Conduzindo  boiadas,
Abrindo porteiras.
Ao carreto de latas d’água; o corpo torto.
Vivi a aurora como brisa,
toquei as folhas, os corpos, a fome.
Fizeram-me a tuas maneiras,  
Pescando nas represas – argila
No pensamento, barro na cabeça.
Fizeram-me menino trancado e risonho,
enrubescido em casos de gente grande.
Levando poeira dentro peito;
O coração ferido a ponta de faca.
Fizeram-me num mundo extenso,
quadrado, sem brinquedos;
Sentindo a chuva, meus monstros.
Fizeram-me sereno diante das coisas,
a observar a lua branca por estreitos
caminhos que hoje figuram na imaginação.
Fizeram-me com pés em espinhos, matas virgens.
Animal a farejar o sonho...
O trágico. A partir e seguir rastros...


sexta-feira, 10 de abril de 2015

MÍNIMAS


A poesia me ensina:
Amar alucina
essa assaz sina


Longa noite esperei
para lançar feitiços
com dedos de piche


Gaiola vazia. Pássaro voa
sem direção para comer
migalhas de pão.


O que me arruina em silêncio?
A ilusão desse 
corpo solto
ao sabor dos ventos?


Úmidos quintais.
Construção de fumaça
É natural...
Que o dia se faça!


Quem, com teus olhos,
desenhaste o vôo do pássaro,
o passo lento,
a despedida?

(Poema e foto: Roberto Nicolato)