A isto se chama destino: estar em face do mundo, eternamente em face (Rilke)

sábado, 26 de setembro de 2015

SOLIDÃO















 
A noite dorme
O sono das
Andorinhas.
 
Rimbaud
Dança o
Sabá na
Abissínia.
 
Murilo
Instaura
Um piano
No caos
 
Ouço na
Primavera
O canto
Do sabiá.
 
Estrangeiro
Nessa terra.
Nem Pessoa
vem me
visitar.
 
Corruíra
Morreu de
Inanição.
O leão,
De frio,
No Passeio
Público.
 
Os Invernos
Invadem os
Dias, noites,
O sol dos amores
Degela
Os corações.
 
De pedra
A estátua eterniza.
Na praça
o  homem está nu.
Rins pulsantes...
 
Na cara
Do Nosferatu
Venta a noite
Densa e fria.
 
Da janela
Abstraio
Absinto
Toda forma
de existir.
 
Quisera-me
Agora
 reunir
Os sinos.
Tocar a sorte,
 Um raio
De esperança
E, assim,
adiando
 planos
de morte.
Algum desejo...
 
É quando
Me entupo
De solidão.
Poema e foto: Roberto Nicolato

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