A isto se chama destino: estar em face do mundo, eternamente em face (Rilke)

domingo, 25 de novembro de 2018

DO PESCADOR (Giuliano)


"O tempo quente, um barco movimentava lento no infinito e, na lente, Giuliano focou o velho e sua rede de pesca. Foi quando se deu conta: “sou um homem nos quarenta, com mais perguntas que respostas, andando por uma estrada de terra... Queria ter o coração apaziguado de um pescador. De todos os homens, o pescador é o que mais se adequa ao tempo da espera. A espera do peixe invisível a morder a isca e ser capturado como um prêmio à paciência"
                                                                              Do livro "Havana me engana"
Foto: Roberto Nicolato

NO MALECON (Giuliano)


"O Caribe, pensou Giuliano, era o mar de Hemingway. Ele viveu em Cuba entre os anos de 1939 e 1960. Queria entender, de verdade, o que o levou à ilha, depois de deixar o seu país natal, os Estados Unidos, e a Europa, sobretudo a glamourosa Paris. Há algo nas biografias que foge ao nosso entendimento sobre o autor. Os seus silêncios, os medos, as prisões... Hemingway havia embarcado na ilusão dos trópicos, no hedonismo de uma ilha paradisíaca, cruzando o Caribe, a bordo do Pilar. Vivendo na companhia de intelectuais e pescadores, homens do mar".
                                                                                    Do livro "Havana me engana"
Foto: Roberto Nicolato

terça-feira, 20 de novembro de 2018

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

DESFAÇATEZ



A desfaçatez acontece até mesmo na natureza.
Plantas que se travestem de outras mais exuberantes e bem quistas.
E vão tomando o lugar de outras e, quando arrancadas, deixam para trás seus miudinhos para que possam germinar, crescer até que serão arrancados novamente.
Tiveram tempo e lugar é o que lhes importa, para tecer o seu fio de existência, nem que seja para os seus e para o desagrado dos belos olhos dos homens.
Foto: Museu de Arte de Cuba
Roberto Nicolato