1980 - mg
A isto se chama destino: estar em face do mundo, eternamente em face (Rilke)
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Conversa sobre "Do outro lado da rua"
Vídeo sobre o lançamento do meu livro "Do outro lado da rua" (Kotter Editorial), no auditório da Uninter, Campos Tiradentes, Centro, Curitiba. O material foi produzido pelos alunos do Curso de Jornalismo, Jorge Seidel e Karina Becker, para a série COMUNICA, que são reportagens postadas a cada semana no Portal da Comunicação.
domingo, 29 de novembro de 2015
E agora Josélia?
O professor e escritor, Roberto Nicolato, deu entrevista, na última quarta-feira (25/11) ao programa "E agora Josélia", apresentado pela estudante de Jornalismo da Uninter, Denise Becker, sobre o seu segundo romance intitulado "Do outro lado da rua". A conversa, que durou cerca de 30 minutos, aconteceu no estúdio de rádio da Uninter, no Campus Tiradentes. O escritor fez uma explanação sobre o enredo do livro, de como foi estruturada a narrativa e sobre os dois momentos da capital paranaense apresentados na obra. Sem esquecer de suas fontes de inspiração e dos projetos para o futuro.
sábado, 28 de novembro de 2015
Roberto Nicolato lança "Do outro lado da rua", na Uninter
O escritor Roberto Nicolato lançou, na quarta-feira (25/11), o seu segundo romance "Do outro lado da rua" (Kotter Editorial), no auditório da Uninter, Campus Tiradentes, no centro de Curitiba. O autor, que também é jornalista e professor do curso de Jornalismo da Uninter, iniciou a conversa com uma comparação entre o seu primeiro livro ("A caminhada ou O homem sem passado") e o novo romance; depois versou sobre o enredo e estruturação das narrativas e sobre a temática da obra, inspirada no conto do escritor curitibano, Dalton Trevisan, "Uma vela para Dario". A conversa com amigos, docentes e alunos foi mediada pelo também professor da Uninter, Eugênio Vinci, que é tradutor de obras clássicas da literatura universal e estudioso de Machado Assis.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Doce ilusão
Não se iluda
Não há vida
Sem morte
Felicidade
Sem remorso.
O que
assopra
Fere. O que
se
Alisa.
Não há
sermão
Sem
palavras.
Verdade
Sem dor.
O que alivia
Vacila.
O que
alimenta
Mata.
É tudo uma
questão
De cor, odor
Ou pirraça!
Roberto Nicolato
sábado, 3 de outubro de 2015
sábado, 26 de setembro de 2015
SOLIDÃO

A noite dorme
O sono das
Andorinhas.
Rimbaud
Dança o
Sabá na
Abissínia.
Murilo
Instaura
Um piano
No caos
Ouço na
Primavera
O canto
Do sabiá.
Estrangeiro
Nessa terra.
Nem Pessoa
vem me
visitar.
Corruíra
Morreu de
Inanição.
O leão,
De frio,
No Passeio
Público.
Os Invernos
Invadem os
Dias, noites,
O sol dos amores
Degela
Os corações.
De pedra
A estátua eterniza.
Na praça
o homem está nu.
Rins pulsantes...
Na cara
Do Nosferatu
Venta a noite
Densa e fria.
Da janela
Abstraio
Absinto
Toda forma
de existir.
Quisera-me
Agora
reunir
Os sinos.
Tocar a sorte,
Um raio
De esperança
E, assim,
adiando
planos
de morte.
Algum desejo...
É quando
Me entupo
De solidão.
domingo, 13 de setembro de 2015
O RETRATO DE UMA NAÇÃO
Publico na recente edição da Revista Uninter de Comunicação (número 4) um artigo científico sobre a obra "Ô Copacabana!", do escritor e jornalista João Antônio, intitulado "O retrato de uma nação..." Acesse pelo link: http://uninter.com/revistacomunicacao/index.php/revistacomunicacao
A ESCOLHA
Se esta bola que atravessa a rede pudesse parar se os olhares pudessem recuperar a atenção desviada a caminhada retroceder os passos talvez se pudesse enxergar que nada seguirá o próprio destino se o artilheiro amasse de verdade a bola sobre os pés se a criança tropeçasse no brinquedo que cativa o animal não farejasse mistérios talvez se pudesse amar mais e odiar menos a escolha incerta se o beijo fosse dado em paixões cinematográficas se a sala estivesse pronta para o tocar das valsas as sandálias amarradas para a conferência nas praças o tempo seria o das aves mágicas, libertárias, mas se a escolha é a palavra, a arte a invenção falsa, arbitrária, o que será do poeta nessa noite tempestuosa e calma?
Roberto Nicolato
domingo, 2 de agosto de 2015
Novo romance de Roberto Nicolato
Em fase final o meu segundo romance, "Do outro lado da rua", a ser lançado em breve pela Kotter Editorial, sob o comandado do editor Sálvio Nienkotter. A capa do livro já está pronta e ficou bem sugestiva, como podem ver abaixo.
sexta-feira, 5 de junho de 2015
ALUMBRAMENTO
Revelo esta paisagem,
a cachoeira de topázios imperiais,
onde se instala coração animal
que visita. Dono de trilhas.
A lua que mostro é uma rede
fiada de finos fios,
como um véu de noiva.
Revelo palmeiras, buritis.
Aqui, o Deus da Mata…
Ali, uma pequena cascata de
diamantes. Amantes, eu revelo
este sol (guia dos passos),
esta formação de carbonato.
Esta água, em que
desenhas - pedras primitivas.
O velho rio que renova.
E agiganta no teu corpo, ao banhar.
Eu revelo a cor marrom, amarela,
pedras que não medram.
Esse reino antigo.
O ouro que habita,
este chão de vespas.
Estes pássaros são seus
E estas nuvens arredias.
Eu revelo a natureza,
revolta deste rio…
para mergulharem, amantes,
teus corpos aderirem ao sal,
empedrarem.
Poema e foto: Roberto Nicolato
RASTROS
Meus
olhos choram. No azul da serra,
o
mundo curva-se, vai embora...
Amordaçado
vivo essa insânia,
Rastejando
o corpo desnudo nas ervas.
Levanto
o meu grito, atingindo-o.
Fizeram-me
da terra estrumada,
Conduzindo boiadas,
Abrindo
porteiras.
Ao
carreto de latas d’água; o corpo torto.
Vivi
a aurora como brisa,
toquei
as folhas, os corpos, a fome.
Fizeram-me
a tuas maneiras,
Pescando
nas represas – argila
No
pensamento, barro na cabeça.
Fizeram-me
menino trancado e risonho,
enrubescido
em casos de gente grande.
Levando
poeira dentro peito;
O coração
ferido a ponta de faca.
Fizeram-me
num mundo extenso,
quadrado,
sem brinquedos;
Sentindo
a chuva, meus monstros.
Fizeram-me
sereno diante das coisas,
a
observar a lua branca por estreitos
caminhos
que hoje figuram na imaginação.
Fizeram-me
com pés em espinhos, matas virgens.
Animal
a farejar o sonho...
O
trágico. A partir e seguir rastros...
sexta-feira, 10 de abril de 2015
MÍNIMAS
A poesia me ensina:
Amar alucina
essa assaz sina
Longa noite esperei
para lançar feitiços
com dedos de piche
Gaiola vazia. Pássaro voa
sem direção para comer
migalhas de pão.
O que me arruina em silêncio?
A ilusão desse
corpo solto
ao sabor dos ventos?
Úmidos quintais.
Construção de fumaça
É natural...
Que o dia se faça!
Quem, com teus olhos,
desenhaste o vôo do pássaro,
o passo lento,
a despedida?
(Poema e foto: Roberto Nicolato)
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