Esta
paisagem singular
Deixou
um rastro de vida
Flor
que é saudade,
Cristais
nos olhos,
Veredas
que a tudo anima.
Ali,
ao batismo da
água pura.
Na
irmandade dos peixes
O corpo
sereno na correnteza.
seguiu
A
alma insaciável na
paz dos dias.
Nesta
natureza que é templo.
Onde
Narciso dá de comer
aos lobos.
Onde
a flor dos manacás
se oferece.
Ali
verti os ares como o
grande pássaro
A
tudo que nascia.
Bromélias
na árvore seca.
Amores
imperfeitos em
trilhas infindas.
Eu
que aos mares viajei.
Que
nas cidades vivi o
inferno dos dias.
Branca
lua saudou-me,
E o
rio como um vulto,
que insinua.
Na
cachoeira, como turbilhão,
Lágrimas
verteram,
Banharam
as aves
Inclinadas
ao vento.
A
saudade abriu-se em flor.
O
mundo em mistérios.
E,
assim, atravessamos a
Branca
estrada de quartzos.
Milhões
de pequenas pedras.
Retangulares,
redondas...
Em
teus olhos refletiam
Só
a lua, agora,
Em
nossa companhia.
(Poema e foto de Roberto Nicolato)
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