Revelo esta paisagem,
a cachoeira de topázios imperiais,
onde se instala coração animal
que visita. Dono de trilhas.
A lua que mostro é uma rede
fiada de finos fios,
como um véu de noiva.
Revelo palmeiras, buritis.
Aqui, o Deus da Mata…
Ali, uma pequena cascata de
diamantes. Amantes, eu revelo
este sol (guia dos passos),
esta formação de carbonato.
Esta água, em que
desenhas - pedras primitivas.
O velho rio que renova.
E agiganta no teu corpo, ao banhar.
Eu revelo a cor marrom, amarela,
pedras que não medram.
Esse reino antigo.
O ouro que habita,
este chão de vespas.
Estes pássaros são seus
E estas nuvens arredias.
Eu revelo a natureza,
revolta deste rio…
para mergulharem, amantes,
teus corpos aderirem ao sal,
empedrarem.
Poema e foto: Roberto Nicolato
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