A isto se chama destino: estar em face do mundo, eternamente em face (Rilke)

sábado, 15 de março de 2014

SEMPRE UMA DESPEDIDA


Por um instante, meu rosto espelhou-se na fonte. Era o de um adolescente quase adulto e tinha um ar de despedida. Esta tinha sido a minha sina. Sempre a despedida. E a imagem projetada, aos poucos, me levou novamente ao seminário, onde um rapaz solitário observava atônito, primeiro uma fina fumaça, e depois as labaredas tomarem conta do prédio imponente da biblioteca. Não podia imaginar a destruição de todo aquele patrimônio cultural e do local onde passara muitas horas perdido em reflexões filosóficas ou viajando nas histórias dos romancistas. Não havia mais o que fazer e já era tempo de tomar novos rumos na vida” (Trecho do meu livro "A caminhada ou O homem sem passado" - Foto: Roberto Nicolato)

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