"A moça roçou carinhosamente o rosto na estátua de Hemingway, ele sentado no balcão na pose de bebedor inveterado, e ela em pé num abraço, pedindo para que a fotografassem. Um daiquiri, por favor, diziam os turistas que iam tomando conta do grande balcão, ávidos por provarem o drinque celebrado pelo escritor. Uma pequena orquestra animava o ambiente e os garçons moviam-se frenéticos naquele ritual de todos os dias. Estavam ali reunidos grupos de turistas que não se conheciam, mas que pareciam muito próximos como se participassem de uma confraria, embora sem contágio e profunda interação.
Ah! A Floridita é aqui. Giuliano entrou de mansinho, vergonhoso, pois que estava só."
Do romance Havana me engana
Foto: Roberto Nicolato
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