A noite dorme
O sono das
Andorinhas.
Rimbaud
Dança o
Sabá na
Abissínia.
Murilo
Instaura
Um piano
No caos
Ouço na
Primavera
O canto
Do sabiá.
Estrangeiro
Nessa terra.
Nem Pessoa
vem me
visitar.
Corruíra
Morreu de
Inanição.
O leão,
De frio,
No Passeio
Público.
Os Invernos
Invadem os
Dias, noites,
O sol dos amores
Degela
Os corações.
De pedra
A estátua eterniza.
Na praça
o homem está nu.
Rins pulsantes...
Na cara
Do Nosferatu
Venta a noite
Densa e fria.
Da janela
Abstraio
Absinto
Toda forma
de existir.
Quisera-me
Agora
reunir
Os sinos.
Tocar a sorte,
Um raio
De esperança
E, assim,
adiando
planos
de morte.
Algum desejo...
É quando
Me entupo
De solidão.
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