Pedras disformes se chocam.
Seixos. De musgos, se alimentam.
Brincam entre cubos, pirâmides,
os círculos de fogo...
Árvores, gêmeas, germinam
entre boninas e lírios brancos.
A água goteja em planos descendentes!
Longe se ouve a aranha tramando...
O espinafrar de asas, incertas.
Frágil é o jardim para o desavisado pássaro.
Ele invade territórios, o ninho das orquídeas.
Cerejeiras estão em flor!
É primavera no coração de Bashô!
O sapo salta fora d’água
Torvelinhos se formam...
O rio se enche de “barrigudinhos”.
A água escorre, o rio-tanque, estanque
O pequeno Buda brinca de esconde-esconde.
aos olhos de quem o oriente:
No jardim de formas sinuosas
De desenhos geométricos,
tímidas bromélias
brincam entre bonsais.
Nele a natureza faz festa:
Bate o tambor:
acorda a floresta,
ao som do taikô!
(Poema de Roberto Nicolato - Obra "Jardim Japonês", de Claude Monet)
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